quinta-feira, 31 de março de 2011



Equipe Pé-de-vento
BRINCADEIRA QUE VIROU PROFISSÃO
“Carreirão de um marruco despertou em mim o fascínio pela vida dentro das arenas”
            O começo da carreira de Émerson Toledo, mais conhecido como “Pé-de-vento”, não é muito diferente do início da carreira de tantos outros profissionais do rodeio. Nascido em Itatiba, foi pequeno para a cidade de Cajamar onde passou a maior parte da sua formação e juventude. Já naquele tempo, antes de vir a se tornar um dos mais competentes salva-vidas de rodeio, Émerson se reunia com a peonada nos fins de tarde no Sítio do Sr. Mineiro e filho em Jundiaí para se divertir com montarias. Da turma, hoje alguns profissionais consagrados como o competidor Igor Arjonas e o também salva-vidas e parceiro atual de arena, Charlie Brown.
            O interesse em se tornar salva-vidas de rodeio veio motivado por dois fatores: a genética, uma vez que seu irmão já atuava como salva-vidas e deu-lhe as primeiras dicas com o manejo dos touros; e quase que por extinto, pois Émerson, quando assistia a um encontro que os tropeiros Vanico (Rodeio em Cavalos) e Alexandrão (Rodeio em Touros) promoviam nos finais de semana no “Boiódromo” de Cajamar, presenciou uma situação durante uma montaria. Um peão caiu de um touro chamado Sonoro e estava a ponto de ser pisoteado, instintivamente Émerson que estava próximo saiu chamou o touro pra si, saiu driblando com muita perspicácia conseguindo distrai-lo e leva-lo até o fim da arena. Pela habilidade e ousadia do ato e velocidade com que se desvencilhou do marruco, a partir desse dia, Émerson foi carinhosamente apelidado pelos colegas de diversão como Pé-de-vento e desde então passou a ajudar em todos os rodeios como salva-vidas.
Seu primeiro grande rodeio foi o Encontro de Cowboys em Cajamar no ano de 1998, depois disso começaram a surgir vários convites até a tão sonhada participação em Barretos nas etapas da Cnar. Através dos apoios do empresário e grande amigo do começo de carreira César Graziolli (8 Segundos) que possibilitou a equipe a se estruturar e fazer a aquisição de materiais para as atrações como o “carro-maluco” e ao  empresário Clecio do site www.pravaler.com.br  que  elaborou o site www.equipepedevento.com.br para divulgar as peripécias e atrações do grupo, A imagem do “palhaço de rodeios” tomou tons de profissionalismo, aliou a ironia das caras-pintadas à segurança dos competidores, tanto que hoje são considerados os anjos das arenas por todos que se arriscam dentro do cercado para garantir o espetáculo aos públicos que lotam as festas do peão por todo o mundo.
A equipe Pé de vento tem na sua primeira formação três profissionais: Os salva-vidas Pé de vento, e Charlie Brown o palhaço Pipoquinha. Para atender a demanda e a garantir ainda mais segurança aos profissionais que atuam dentro da arena, foi necessária a formação de uma outra equipe auxiliar composta pelos salva-vidas Nego Lucas e Tatinho. A equipe onde se apresenta encanta crianças, jovens e adultos com varias peripécias e atrações como “O show do Carro Maluco” que já esteve em vários programas de TV, tendo seu maior destaque no extinto programa do RATINHO do SBT. Pé nos conta que já realizaram até capotagens do carro maluco antes mesmo da gravação do programa só para cronometrar o tempo que duraria a apresentação. Nesse programa o assessor de palco Marquito subiu em cima da cadeirinha fantasiado de Xuxa e o apresentador Ratinho Massa vestido de cowboy na parte do carro que iria se soltar. Pé-de-vento aponta como um dos momentos mais cômicos da sua carreira.
 Tirando as camisas coloridas, macacão desfiado e as caras-pintadas o trabalho do palhaço salva-vidas e extremamente sério. Ele possui a função de distrair o touro quando o competidor termina a montaria e de garantir a segurança dos mesmos quando eles caem antes dos 8 segundos. A distração causada por esses profissionais da arena dão a chance do cowboy correrem para longe do touro. Existem situações que o cowboy fica com a mão enroscada à corda e nessa hora é exigida a destreza e a habilidade do salva-vidas para desvencilhar o competidor do touro.
            O salva-vidas tem que ficar muito atento quando o rodeio é disputado na forma de oito segundos. Eles sabem que só serão avaliados se pararem no lombo do animal, muitos competidores não abandonam a corda mesmo quando esta prestes a cair aumentando dessa forma o seu próprio risco e passa uma impressão de que está enroscado à corda. Cabe ao salva-vidas estar atento a essa situação de interceder ou não afim de não prejudicar a avaliação pelo juiz” cita Pé-de-vento como regra básica aos que estão começando.
A equipe Pé-de-vento já chegou a fazer apresentação do “Carro maluco” em quatro rodeios em uma só semana. Hoje, uma das atrações mais requisitadas pelas maiores festas do Brasil como a Festa do Peão de Americana-sp, Cajamar-sp, Bragança Paulista-sp, Itapecerica da Serra-sp, Taboão da Serra-sp, São Sebastião Fza Marquês-mg eItamogi-mg e o Coopercountry em Naviraí-ms, Venda Nova dos Imigrantes (ES).
Émerson “Pé-de-vento” cita que é difícil nominar todos os amigos que acreditaram no seu trabalho, até para evitar ser injusto e esquecer de alguém. Mas completa que sem essas pessoas, não seria possível levar a nossa alegria e o nosso trabalho de segurança para as arenas de todo Brasil.

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